Notícias
CÂMARA DEBATE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
Baseado na Lei Municipal nº 3.814/2009, que proíbe a comercialização de alimentos de alto teor calórico e/ou ricos em gorduras trans dentro das escolas públicas e privadas, o vereador médico Dr. Emerson Ferreira solicitou Tribuna Livre nesta terça-feira (19/6), que contou com a presença do médico Dr. Raimundo Sotero, endocrinologista e vice-presidente da Academia Sergipana de Medicina
O parlamentar petista reforçou que a mudança dos hábitos alimentares deve partir do seio familiar e poder público. O projeto deve sim proibir a comercialização de alimentos ricos em gordura, sódio e açúcar, pois, a partir do momento que permitirmos que ofereçam 50% de alimentos saudáveis e 50% hipercalóricos, a criança irá optar pela não saudável porque já foi habituado a consumir alimentos calóricos. Usar refrigerantes e alimentos gordurosos não são saudáveis.
O médico Raimundo Sotero trouxe para o plenário o programa alimentar implantado na cidade de Recife no ano de 2001, chamado de “Escola saudável: alimente essa ideia”, no intuito de servir como exemplo na capital sergipana. Segundo dados da pesquisa apresentados por ele, apesar de haver casos de desnutrição no Brasil há pelo menos 40% da população acima do peso adequado e cerca de 15% das crianças e adolescentes estão obesos. "O problema da obesidade não é só hereditário e sim cultural. Um fator agravante que percebo é que os alunos não estão mais fazendo atividades físicas e quando fazem não é suficiente", opinou.
O médico citou ainda que alguns equívocos são cometidos pelas pessoas nas refeições diárias. Dentre eles estão a ausência da primeira refeição, a substituição de refeição por lanches, pouca ingestão de água, baixo consumo de frutas verduras e legumes, substituição de refeição por lanches e consumo exagerado de produtos industrializados inclusive os chamados light e diet.
Finalizando, Dr. Sotero complementou dizendo que a obesidade pode gerar graves distúrbios metabólicos, físicos e psicossociais nas pessoas, resultando em doenças cardiovasculares e respiratórias, por exemplo. "O que nos precisamos é mais conscientização das pessoas e procurar modificar esse perfil", concluiu.