Notícias

LIQUIDAÇÃO DA AMIC E INTERVENÇÃO NA PLAMED

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) liquidou extrajudicialmente o plano de saúde Amic e colocou a Plamed sob intervenção fiscal. A decisão, já esperada, foi publicada no Diário Oficial da União em 21 de março último. Recentemente, a Plamed vinha anunciando aos quatro ventos um crescimento de sua carteira. A situação preocupa uma vez que a direção fiscal demonstra um desequilíbrio que põe em risco a continuidade do atendimento aos seus clientes.

Já a Amic  não opera mais no Estado  Diretores da Plamed, ouvidos pela reportagem do Jornal da Cidade, asseguraram que a "medida não irá prejudicar a prestação dos serviços, que a saúde financeira da empresa está bem e que o regime faz parte de um acompanhamento que a ANS faz regularmente nas operadoras".
A Amic atuou por dois anos em Aracaju, do início de 2002 até o final de 2003, com uma estratégia de marketing voltada para conquistar clientes das classes mais populares. Focando em nichos específicos, como o missionário (para evangélicos), de amigos e planos familiares, chegou a ter uma boa aceitação com planos a partir de R$ 39,50, ressaltando nas suas peças publicitárias que era um plano sem cobrança de co-participação. Enquanto os clientes estavam em carencia, tudo ia muito bem, até que começaram as reclamações de médicos e hospitalares credenciados, que ficaram com o pagamento de suas faturas sendo atrasado  sistematicamente. Passou a ser alvo de queixas na imprensa até que o Ministério Público estadual, sob comando da Dra.Euza Missano, instaurou procedimentos administrativos. Além disso, outras  reclamações giravam em torno da não prestação de determinados serviços prometidos ou demora demasiada para marcar uma consulta ou exame. A resolução operacional (RO) 345, da ANS, decretou a liquidação extrajudicial, uma espécie de falência fora dos tribunais, por causa de anormalidades econômico-financeiras consideradas graves.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da ANS, a RO instaurou regime especial na Plamed por considerar sua  situação econômica e financeira grave, colocando em risco a continuidade do atendimento à saúde. O interventor, que assumirá a direção fiscal por um período indeterminado, já foi designado pela ANS para fazer uma auditoria nas contas da operadora. Há a possibilidade da ANS determinar o repasse das carteiras para outra operadora, caso confirme as anormalidades.