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MÉDICOS DE SERGIPE AFRONTADOS NO HOSPITAL

O médico Henrique Batista, 65, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe  sofreu ato de desrespeito por parte de seguranças do Hospital de Urgência Governador João Alves Filho. O lamentável episódio ocorreu por volta das dez e meia da manhã de hoje (03/07) quando o médico foi barrado na porta de entrada do Pronto Socorro. Ele estava acompanhado do presidente da Sociedade Médica de Sergipe Petrônio Gomes, que juntos compareceram ao hospital justamente para averiguar e discutir com a direção atos de descriminação que vem ocorrendo com profissionais de medicina que atuam na unidade.

        “Mesmo me identificando, mostrando as credenciais de presidente do CRM e de conselheiro federal – o que me habilita a entrar em qualquer lugar médico - os seguranças fizeram pouco caso e impediram minha entrada”, disse Henrique. Não conformado, num gesto afirmativo e de grande simbolismo, descumprindo a absurda   imposição, adentrou ao recinto rompendo a barreira humana formada pelos seguranças, assumindo qualquer responsabilidade pelo ato que acabara de realizar, sendo acompanhado pelo Dr. Petrônio Gomes. Os dois então seguiram céleres pelos corredores até a direção do hospital, acompanhados por vários seguranças insatisfeitos e inconformados com a postura corajosa dos representantes da classe médica. “Vários médicos já vinham reclamando  da decisão absurda do hospital de restringir  a livre circulação dos mesmos e cheguei a enviar ofícios à direção do hospital solicitando explicações. Como não obtivemos resposta, decidimos verificar o fato pessoalmente e lamentavelmente constatamos e triste realidade. Achamos tudo muito afrontoso e só conseguimos entrar realmente à base da força. Disse aos seguranças que entraria porque tinha direito e prerrogativa e caso eles   tivessem a ousadia de nos deter, chamaria a Polícia Federal e denunciaria o ato. Como não houve aceitação por parte deles, projetei-me sobre os mesmos, afastando-os e fomos até a sala do diretor do Hospital, o Dr. Márcio Barretto, que ouviu as minhas colocações e protestos. Acho tudo isso um grave desrespeito aos médicos do hospital que sofrem diuturnamente essas restrições absurdas”, desabafou Batista.

         O Dr. Petrônio Gomes disse que em função da gravidade do fato, está convocando reunião de emergência da  Federação das Entidades Médicas de Sergipe, da qual é presidente, para analisar o caso e tomar as medidas cabíveis. Reunião plenária do Cremese também vai ocorrer nos próximos dias para que a entidade se posicione oficialmente.

         O fato repercutiu fortemente em setores da imprensa e repórteres compareceram à sede do Conselho durante toda a tarde desta sexta-feira. O jornal Cinform, um dos órgãos presentes, destacou de imediato matéria no jornal on line: www.cinform.com.br .