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NOITE DE ESTRELAS NO CENTENÁRIO DE LAURO PORTO

A Academia Sergipana de Medicina realizou, na noite desta quarta-feira, 17 de agosto, sessão plenária solene para homenagear o Centenário de Nascimento do médico Lauro de Britto Porto, luminar da Medicina de Sergipe, estrela fulgurante de uma constelação de inteligências que iluminou o firmamento sergipano na segunda metade do século XX, capitaneada por Augusto Leite, Garcia Moreno, Juliano Simões, Antonio Garcia, Lourival Bomfim, Walter Cardoso, Machado de souza, Benjamin Carvalho, João Cardoso, entre outros vultos desse universo.
A vida e a obra de Lauro Porto, que fez escola na otorrinolaringologia e oftalmologia sergipanas, foi dissecada pelo talento do acadêmico Jeferson Sampaio, que conviveu com o mestre e teve a feliz ideia de ouvir colegas médicos que tiveram em Lauro Porto a inspiração necessária para o êxito de suas carreiras, como Max Rollemberg Gois, Mario ursulino, Edilson Cunha, entre outros. Jeferson fez a saudação oficial ao saudoso esculápio, representando seus pares da Academia. E o fez com brilhantismo, de forma acadêmica, clássica, elegante e bem humorada.
Em seguida, as seguintes entidades prestaram homenagens: o Sindicato dos Médicos, a Sociedade de Oftalmologia e o Hospital Cirurgia, através de seus representantes, José Menezes, Fábio Ribas e Gilberto Silva, respectivamente, ofereceram placas comemorativas ao centenário de Dr. Lauro, que tão bem soube honrar os ensinamentos, ao pôr em prática uma Medicina humanística, hipocrática na sua concepção mais verdadeira. Outras entidades também participaram da sessão, associando-se às homenagens, como foi o caso da Universidade Federal de Sergipe, da Somese, do Cremese e da Sociedade Sergipana de Otorrinolaringologia.
A Academia Sergipana de Letras também esteve representada pelo acadêmico e ex-governador do Estado de Sergipe João Alves Filho. Outros membros da ASL fizeram-se presentes, entre eles Gilton Garcia, Marlene Alves Calumby, Luiz Antonio Barreto, Domingos Pascoal, Maria Clara Rezende, desembargadora, entre outros magistrados, inclusive o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe Dr. José Alves, que sucedeu ao desembargador Roberto Porto, filho do Dr. Lauro Porto, no comando da instituição. Grande destaque para a presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, a médica Angélica Guimarães, que compôs o dispositivo oficial (foto).
O cortejo acadêmico, que deu início à sessão solene, foi liderado pelo Dr. Fedro Portugal, presidente da Academia Sergipana de Medicina e contou com a ilustre presença do Dr. Thomaz Rodrigues Porto da Cruz, presidente da Academia de Medicina da Bahia, depositária fiel da história da Medicina baiana. Cruz, que retornou ao comando da entidade, coincidentemente é dileto sobrinho do Dr. Lauro Porto. Momentos antes da solenidade, ele foi contemplado, no Museu Médico, com o Medalhão oficial do sodalício e recebeu o paramento de uso exclusivo dos acadêmicos.
Os dois mandatários, Thomaz Cruz, sergipano que emprestou a sua inteligência à Medicina da Boa Terra e Fedro Portugal, dermatologista sergipano de renomada atuação, referencia das famílias sergipanas na especialidade, assumiram seus lugares de honra e comandaram a sessão, tendo ao seu lado o presidente da Federação das Entidades Médicas de Sergipe, Petrônio Gomes. O que se viu em seguida, foi uma sequencia de pronunciamentos exuberantes.
Thomaz falou em nome da família, mas poderia ter falado em nome de todos. Raciocínio agudo, palavras que se encaixavam no momento certo, ele descreveu detalhes absolutamente fiéis da pluralidade do Dr. Lauro, sem precisar recorrer a sua tão conhecida ( e reconhecida) biografia.
Festejado intelectual e referência da endocrinologia brasileira, autor de vários livros, Thomaz Cruz (foto) foi estrela de primeira grandeza na homenagem ao discípulo predileto de Augusto Leite que, segundo ele, se foi o Papa da Medicina de Sergipe, seguramente Lauro foi o seu cardeal-mor.
Mas as emoções não terminaram por aí. Seguiram-se os depoimentos de Fábio Ribas, presidente da Sociedade Sergipana de Oftalmologia, do sobrinho Carlos Rodrigues Porto da Cruz que, de forma brilhante e poética, numa oratória vibrante e emocionada, ressaltou aspectos memoráveis da vida do filho ilustre de Nossa senhora das Dores, que se dedicou como ninguém à causa da Medicina de Sergipe, em especial ao Hospital Cirurgia, dando sequencia à obra de seu fundador Augusto César Leite.
Em seguida, a engenheira Laura Cristina, filha do Dr. Lauro Porto, fez singelo pronunciamento homenageando seu querido pai e exibiu, emocionada, trabalho com diversas fotos em variadas situações da profícua atividade profissional, social e familiar do médico. Momento mágico e emocionante que o tempo jamais apagará.
Encerrando a solenidade, que contou com a ilustre presença do presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe Samuel Albuquerque, que inclusive foi o responsável pela edição do livro com depoimentos sobre o Dr. Lauro Porto, distribuído na sessão, a família ofereceu aos convidados um coquetel no salão de eventos da Sociedade Médica de Sergipe.
Cumpriu assim a Academia Sergipana de Medicina (com competência), a sua tarefa principal, a de não deixar cair no esquecimento, os vultos da Medicina de Sergipe. Acadêmicos presentes: Fedro Portugal, Lucio Antonio Prado Dias, José Hamilton Maciel Silva, Jeferson Sampaio, Hyder Gurgel, Zulmira Freira, Geodete Costa, Elizabete Tavares, Roberto César, Marcos Ramos, Paulo Amado e Petrônio Gomes.
