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UM FÓRUM VERDADEIRAMENTE HUMANÍSTICO

A Academia Sergipana de Medicina realizou com sucesso o Fórum de História e Medicina Humanística, em 26 e 27 de maio, na Somese. Foram cento e trinta e nove participantes, nos dois dias do evento, a maioria estudantes da nossa faculdade e um total de sete conferências magistrais, proferidas pelos doutores Ângela Silva, Eduardo Garcia, Antonio Paixão, Fedro Portugal, Henrique Batista, Álvaro Nonato de Souza e Pablo Blasco, os dois últimos convidados da Bahia e São Paulo respectivamente. O evento fez parte das comemorações do Jubileu de Ouro da Faculdade de Medicina de Sergipe, fundada em 1961 e contou com o apoio do Hospital Primavera, da Clínica São Marcelo e da Unicred.
No primeiro dia do fórum, ocorrido na quinta-feira, 26, a Dra. Ângela Silva, diretora do Hospital Universitário da UFS proferiu a conferência “A Faculdade de Medicina: ontem e hoje”, mostrando dados comparativos entre a escola de 1961 e a atual, seus avanços e conquistas, detalhando aspectos importantes nestes 50 anos de existência.
Em seguida, o professor e médico, também músico (toca flauta divinamente) Álvaro Nonato de Souza abordou, em belíssima conferência, da antiguidade aos dias atuais, a forte relação entre a música e a medicina, com demonstração prática dessa sinergia, para isso contando com a participação dos médicos João Alberto Cardoso Silveira e Lúcio Prado Dias, violão e voz respectivamente, que interpretaram músicas de autoria de médicos, em clima de alegria e descontração. Uma noite maravilhosa, daquelas que ficam perenizadas em nossa lembrança e na história.
No dia seguinte, na parte da manhã, os desafios e decisões na implantação da Faculdade de Medicina de Sergipe foram contados com muita propriedade pelo professor Eduardo Garcia, testemunha ocular da história, como filho do Dr. Antonio Garcia. Ele chegou, à época da fundação, a ser o primeiro diretor da biblioteca da escola, ainda como estudante secundarista.
Em seguida, o professor Antonio Paixão, diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UFS, apresentou em conferência os desafios presentes e futuros de uma instituição cinqüentenária. Após o intervalo para o almoço, três conferências seguidas finalizaram o fórum. Na primeira, o professor Henrique Batista, atual secretário geral do Conselho Federal de Medicina proferiu a conferência “Medicina: Humanismo e Ética Médica”, tendo como coordenador da sessão o Dr. Vollmer Bomfim, da Sociedade Sergipana de Bioética.
“O médico do século passado e o atual” foi o tema da conferência do Dr. Fedro Portugal, abordando de forma bem humorada, porém consistente, as diferenças entre os médicos dos dois períodos, a evolução no processo de relação médico-paciente, a incorporação tecnológica maciça que, em alguns casos, desvirtuou-a, sem entretanto perder de vista o sentido da busca permanente pela retomada dos princípios humanistas que devem sempre nortear essa relação.
Fechando com chave de ouro o Fórum de História e Medicina Humanística, o Dr. Pablo Blasco, da USP e da Sobramfa (Sociedade Brasileira de Medicina de Família), proferiu a conferência “É possível Humanizar a Medicina?, contagiando a todos pela maestria na explanação, mostrando os caminhos para a retomada do humanismo médico e encerrando com cenas de filmes que retratam situações de intenso apelo humanístico.
Durante o fórum, que encerrou a programação do primeiro semestre do Jubileu, foram sorteados entre os presentes vários livros do professor Álvaro Souza e exemplares do Dicionário Biográfico de Médicos de Sergipe.
